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O que acontece na primeira sessão com a psicóloga?

Essa é uma das coisas que mais ouço! O que eu falo quando chegar? O que eu preciso dizer na primeira vez que vou ao psicólogo?

Muitas pessoas temem este momento, pois não sabem o que vai acontecer, temem por estarem com um psicólogo, que não querem ser chamadas de loucas, dentre muitas outras coisas que possamos imaginar.

Por isso minha ideia de escrever para tentar esclarecer o que de fato acontece dentro da primeira sessão, que chamamos de entrevista inicial, outros chamam de anamnese, e por assim vai, claro que cada caso é especial e único, porém sempre temos a mesma base e as mesmas dúvidas.

A primeira sessão com a psicóloga se baseia em uma entrevista, sendo o principal objetivo encontrar o motivo da procura, que chamamos de queixa inicial, o que levou a pessoa a procurar o profissional. No que o profissional poderá ajudar naquele momento que possa estar angustiante, em sofrimento, ou que queira somente evoluir em alguma habilidade, se desenvolver em algo (sim, trabalhamos com desenvolvimentos também, não só com dores).

É também um momento de acolher, receber e ouvir tudo que se tem passado com aquela pessoa, qual o motivo do sofrimento e o que a pessoa espera encontrar neste processo.

Normalmente, as pessoas chegam com o problema definido, porém quando falamos de psicologia nem sempre é algo claro e objetivo. 

A psicologia trabalha com a subjetividade, com o escondido (até falarei depois sobre a relevância de um segredo no contexto terapêutico), ou seja, na maioria, quando investigamos a fundo o que esta acontecendo, nem sempre é o que apareceu na primeira sessão.

No âmbito psicológico é tudo subjetivo, inconsciente. Por exemplo, as vezes a cabeça da gente dói, porém na verdade o que dói é o pensamento, é uma situação vivida, é até a expectativa de um momento que viveremos e já começamos a sofrer com antecedência. Quando isso acontece, chamamos de psicossomatização, porque o que dói no fundo não é o físico e sim o emocional e nossa mente muito esperta para não sofrer sozinha, transfere para o nosso corpo.

Uma vez ouvi de uma paciente: "Doutora, quantos anos de terapia vou ter que fazer, ou quanto vou precisar chorar para essa dor passar?".  Isso tudo depende da entrega de cada pessoa, do que esta se passado e qual é a importância dela para aquela situação, nem sempre tudo é as claras, por isso não conseguimos passar um tempo determinado, tudo depende de cada pessoa.

Com a Neurociencia e a neuropsicologia, podemos entender que criando novas conexões neurais, faz com que compreendemos nossa historia de uma forma diferente, assim criamos novas realidades e saímos deste momento que nos sentimos fracos, para momentos de mais potencia e criação.

Gosto muito de lembrar meus pacientes que a terapia não são 50 minutos por semana, mas sim o tempo todo, você precisa viver, tornar consciente tudo aquilo que se fala na terapia, porque senão demorará mesmo o tratamento.

Quero te fazer um convite, o que acha de conhecer o trabalho da psicologia, e ainda se conhecer, um processo que muitas vezes dói, mas é cuidando, olhando, falando e analisando o problema que melhoramos, que encontramos o que de fato nos faz feliz e nos torna leve.

Te afirmo que não é porque não é falado, que está curado.

Acredite, a sua forma de olhar o mundo e olhar você mesmo, vai mudar, com muito carinho e amor.

 

Faça psicoterapia! Busque um psicologo para chamar de seu.

Texto escrito por Rozana Parma.

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